História
A Santa Casa de Misericórdia de Pelotas é a mais antiga instituição assistencial e hospitalar em funcionamento na cidade de Pelotas, no sul do estado do Rio Grande do Sul.
A idéia do surgimento de um hospital nesta região foi anterior a 1846, quando assolava no Estado, a Revolução Farroupilha. Pretendia-se criar uma instituição modelada nas formas criada por um frade português, em Lisboa, denominada Irmandade da Sta. Casa de Misericórdia.
Em 20 de junho de 1847 foi oficializada a fundação da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, atendendo assim uma população que crescera e sofria as conseqüências da Revolução Farroupilha, desde 1840.
A necessidade de um atendimento clínico e cirúrgico surgiu com a adequação de um ambiente próprio: um hospital. Após a guerra, em 1846, foi necessária a criação de uma improvisada enfermaria para abrigar doentes carentes, localizada na rua Alegre, atualmente Rua Gonçalves Chaves. Em 20 de junho de 1847, foi fundada oficialmente a Santa Casa de Misericórdia de Pelotas e eleita a mesa administrativa da irmandade, regendo assim o futuro do hospital até 30 de junho de 1848. A posse de sua diretoria foi realizada em 20 de julho de 1847.
A Mesa Administrativa da Irmandade para reger os futuros do hospital, elege como primeiro provedor o Sr. José Rodrigues Barcelos. O livro de Atas, aberto em 30/06/1847 pelo escrivão José Vieira Pimenta, teve sua abertura anulada, depois de consulta ao Governo Imperial, por competir ao Juiz de Direito, Joaquim José da Cruz Seco, rubricá-lo e numerá-lo. Dez dias após esta posse o Escrivão José Vieira Pimenta requereu, na forma da lei, permissão para o recém fundado hospital possuir bens de raíz até o valor de cem contos de réis. Para obter meios, expediram-se circulares pedindo a colaboração das autoridades civis e militares e das pessoas que tivessem condições de prestar algum auxílio. O resultado foi excelente.
O atendimento clínico da Santa Casa na época era feito gratuitamente pelos Drs. Miguel Rodrigues Barcelos e João Batista Figueiredo Mascarenhas. O Dr. Josuá Bond era chamado algumas vezes, para tratar os colonos que não entendiam o português. Inúmeros médicos atendiam voluntariamente e no decorrer do ano a instituição foi aparelhada com uma caixa de amputações, estojo com instrumentos operatórios, copos e verificadores de ventosas, latas de ungüentos e vidros par remédios. Faziam parte dos empregados, além dos enfermeiros ( sendo um com a função de ser sangrador) dois casais de africanos livres, mandados pela Presidência da Província.
Um dos homens servia de cozinheiro e outro de servente. E , assim, tudo começou…
A Capela da Santa Casa é também denominada de Capela de Nossa Senhora Mãe dos Homens. Para a construção desta obra, muito trabalhou o padre Nicolau de Gênova que exercia o sacerdócio gratuitamente. Foi inaugurada no dia 14 de julho de 1884, com a assistência de sua Exma. Revma. Bispo diocesano do Rio Grande do Sul, Dom Sebastião Dias Laranjeira.
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